A palavra Fractal surgiu do latim fractus que significa irregular, quebrado, fracionado, aquilo que está entre dois números inteiros.
Fractais são formas geométricas que repetem, em escalas cada vez menores, uma estrutura ou forma-padrão da qual derivam, podendo apresentar ligeiras variações. Suas partes assemelham-se àquela que lhe deu origem. Esta característica de auto-similaridade dos fractais assemelha-se à do holograma em que cada parte contém a informação do todo.
A percepção da relação entre o todo e suas partes, que a holografia tornou evidente no século XX, já era preconizada por Anáxagoras (500-428 a.C.) que afirmava: “Tudo pode ser dividido em partes ainda menores, mas, mesmo na menor das partes existe um pouco de tudo”.
Benoit B. Mandelbrot, matemático francês de origem judaico-polonesa, cujo principal trabalho foi o estudo do que ficou conhecido como geometria fractal. Foi o primeiro a descrever o mundo das formas como ele é. Antes dele, a geometria que conhecíamos era a do grego Euclides (300 a.C.), das linhas, pontos, esferas, cones, etc.
Mandelbrot nos apresentou um mundo de infinita complexidade e beleza, cujas aparentes irregularidades são impressionantemente regulares, cujas imagens tem a marca da onipresença por terem as características do todo multiplicadas infinitamente. Ele demonstrou que o universo tem mais de três dimensões, como imaginávamos antes.
Como exemplo de fractais temos as árvores, com seus inúmeros galhos, que se dividem em ramos menores, e estes em outros menores ainda. Também o brócolis, a couve-flor, a pena de um pássaro, os mariscos, etc. O fractal de células forma os tecidos, que formam os órgãos, que por sua vez constituem o organismo.
Cada espécie é constituída por um padrão fractal, e o próprio “tecido” do universo tem seu padrão fractal. Todos somos seres baseados em padrões fractais em um universo que é um grande fractal. E cada universo fractal surge de uma única equação matemática.
O conceito da Criação à imagem e semelhança do Criador, significa que os próprios seres humanos são baseados em padrões fractais. E, no seu processo criativo, reproduzem a repetição de padrões nos diversos níveis da existência, desde os pensamentos e emoções, até nas atividades e produções do seu cotidiano.