domingo, 10 de abril de 2011

A história que conto para mim mesma

Qual a história que conto para mim mesma e para o mundo a meu respeito e da minha vida?
Qual a história que crio para dar sentido ao que vivo e para justificar meus pensamentos e sentimentos?

Tudo o que acontece na nossa vida, acontece, antes de qualquer coisa, no nosso mundo interno. Toda uma história é criada a partir de marcas profundas na alma. Isto talvez seja o que de mais real exista e, como somos seres naturalmente criativos, a partir daquele ponto inicial borbulham as criações. É aí que, holograficamente, damos origem aos nossos fractais de pensamentos, de emoções etc... Assim criamos a nossa realidade.
Moldamos o mundo em que vivemos, criamos as nossas histórias, naturalmente, como se tudo fosse real... E é real, para nós próprios, dentro de uma determinada perspectiva. Como a nossa vida fareja as nossas marcas profundas, não importa quem ou o quê incluímos na nossa vida, estaremos sempre repetindo a mesma história, a fórmula que aprisiona, que limita a visão, buscando os mesmos sentimentos e emoções, num caminho conhecido e tantas vezes percorrido.
Você Já percebeu que nada é exatamente como parece ser? Que o significado de cada coisa para uma pessoa depende da prisão em que está inserida, isto é, da sua “fórmula”, do seu padrão interno? É disto que depende a forma como ela interpreta a vida e os acontecimentos. É isto que lhe permite fazer a sua tradução.
Tudo o que alguém pensa e sente está relacionado com a sua interpretação. O que ela vê é o que pode ver neste momento, o que ela sente é o que é possível para ela sentir agora, antes da liberdade de sonhar, criar e manifestar, com outro olhar, mais harmonioso e integrado com a natureza, com a criação, com Deus.
Só reconhecendo a existência da prisão é possível sair dela. Neste momento de lucidez, surgem as diversas possibilidades dessa vida estreita. Estas múltiplas possibilidades não estão no mundo externo, mas no interno, na origem das criações, na clareza do que estamos construindo e repetindo e do que queremos construir. Aí tomamos o nosso poder nas mãos, fazemos escolhas, nos libertamos. Aí, temos toda condição de resgatar o que é nosso por direito: a alegria de sermos seres conscientes e conectados com a divindade que está em toda parte. Aí, podemos voar livres como pássaros e olhar o mundo de uma nova perspectiva.