segunda-feira, 20 de junho de 2011

REVERÊNCIA À NATUREZA

"O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima".
Hermes Trimegisto

Nós, filhos do Universo, irmãos das estrelas e árvores (Desiderata), feitos da prima matéria, há tempos vivendo em estado de hipnose, necessitamos despertar para enxergar o mundo da forma como ele é, e não como acreditamos ser.
Raça humana, que precisa urgentemente sair da superficialidade do mundo das aparências e encarar com olhos pesquisadores a sua realidade interna; suas buscas, necessidades, verdades, suas intenções, suas vontades. Buscar o que está por trás das suas paixões e motivações. Encontrar a sua verdadeira essência, que frequentemente se esconde por trás das máscaras, das aparências.
Além de se desnudar diante de si próprio, permitir que brote de si, um sentimento de irmandade para com a natureza. Deixar de se sentir uma espécie à parte, excluída da natureza, acreditando que carrega consigo a triste tarefa de dominá-la, subjugá-la. Perceber que toda a vida está interligada, que é um sistema no qual cada parte depende de todas as outras.
Sentir então que tudo que existe faz parte da grande unidade, que tudo e todos tem o seu lugar na Criação... Conhecer, através da vivência e não apenas da teoria, que tudo é “assim em cima como embaixo.” Isto é, tudo o que existe, no mais longínquo ponto do cosmo, tem a sua correspondência no nosso mundo interior e que tudo dentro de nós, encontra ressonância em algo no mundo “externo”.
A matéria é consciência materializada. Inclusive nós, seres humanos, na nossa expressão material. É inadmissível pensar que estamos fora ou acima da natureza. Somos parte dela!
Mesmo os nossos tornados internos, os maremotos e terremotos que às vezes assolam o nosso mundo interior, mudando todas as nossas referências, e o fogo que muitas vezes nos queima, seja acidificando, seja transformando a vida que no dia a dia escolhemos ter, revela a nossa identidade afinada com os elementos da natureza. Somos terra, água, fogo, ar, éter. Compreender isto com toda a sua implicação ajuda-nos a expandir a nossa consciência.
Reverencio a majestosa natureza, nas suas diversas expressões. Cada uma delas apresentando a sua paz, a sua sabedoria, amor, simplicidade, mistério. Reverencio a natureza, dentro e fora de mim, que tem o dom de me fazer sentir Deus e curvo-me com humildade e respeito à sua espantosa beleza e poder.