domingo, 22 de maio de 2011

No Dia sem Tempo

No dia, sem tempo, algo se quebrou.
Algo que diz respeito ao âmago do Ser.
Mas... Onde e quando isto aconteceu?

O onde está no aqui.
O quando no agora do tempo inventado,
criado, corrido, abençoado e amaldiçoado,
dividido, sentido, perdido – em busca do encontro.
Encontro esquecido, às vezes lembrado,
sonhado, corrompido... dividido.

Este ‘aqui e agora’ imerso em um outro ‘aqui e agora’,
pode ser nada, pode ser tudo... dividido.

Quero viver o que for preciso,
para no momento devido, viver a união,
a comunhão, o não-tempo, sem grilhões,
sem vendas, sem enganos.

Na lucidez de quem transpõe as densas muralhas
e pode então ver, tudo o que precisa ser visto,
sentir, o que precisa ser sentido,
e amar, fora dos conceitos e palavras
que já não podem esconder ou enganar.
Pode apenas ser, na transparência, na intensidade, na realidade.