Na vida, a forma como cada pessoa vê uma situação, é apenas uma entre infinitas possibilidades de visualizar a mesma situação.
Viver, no sentido real da palavra, é ser livre para pensar, compreender, escolher. Para sair da malha das ilusões, romper com a ignorância da alma, procurar soluções justas que busquem a igualdade real de oportunidades, para todos. Nivelando por cima, e não por baixo.
Nossos jovens, estudiosos, capazes, competentes, bons alunos, responsáveis, não merecem ser punidos por terem tido a oportunidade de uma boa educação e terem aproveitado essa oportunidade. Não merecem ser punidos porque desenvolveram sua capacidade cognitiva.
Todos nós, especialmente os nossos jovens, precisamos e temos o direito de estudar em excelentes escolas públicas, sem precisar – como muitas vezes acontece -, o sacrifício de famílias, durante anos, para manter seus filhos em escolas particulares que proporcionem aquilo que vem sendo negado pelos governantes, frequentemente dotados de uma visão de curto alcance da vida.
É fundamental que sejam investidos os recursos públicos, imediatamente, na recuperação da escola pública, durante cerca de quinze ou vinte anos, do que perpetuar a manipulação e a ignorância em benefício de alguns.
Talvez seja conveniente, para muitos, a manutenção da ignorância, dos medos, da submissão de uma grande parcela da população para que possam usufruir egoisticamente do que eles consideram benefício para si e para seus escolhidos.
Uma mistura de verdades e mentiras impede que se enxergue a manipulação e a farsa de golpistas, interesseiros, indivíduos de mente egoísta e pouco lúcida, que em benefício dos seus prazeres transitórios, sacrificam uma grande parte dos seres humanos, animais e vegetais, que eles consideram como externos a si. Ignorância... pura ignorância.
Regido pela lei do livre arbítrio, o ser humano acredita que compreende esta lei e que realmente está mentalmente e emocionalmente livre para escolher (doce ilusão!), assim, torna-se alvo fácil de ser influenciado e manipulado. Passa a acreditar em conteúdos que, de alguma forma, são impostos, nos quais as verdades e mentiras estão muito bem mescladas, para melhor iludir o poder de discernimento de cada indivíduo, não permitindo que percebam que permeando as verdades estão falsos discursos e mentirosos motivos.
Dentre os mecanismos criados para confundir as mentes, está a utilização injusta de cotas, que não selecionam os jovens que entrarão nas universidades por capacidade e competência, mas antes servem para confundir a opinião pública, direcionando a atenção para outro foco de ordem social, fazendo com que as atenções recaiam não sobre o direito do jovem de ser selecionado por sua competência, mas para o quanto, supostamente, se está fazendo para melhorar a vida das pessoas menos favorecidas, sob o discurso da “reparação”. Este é um exemplo de como se misturam temas para ludibriar a opinião pública.
O Brasil é um dos países do mundo onde mais se pagam impostos. Temos então o direito de exigir aquilo que nos é de direito como a educação e a saúde da melhor qualidade, sem pagar mais nada por isso. Temos também o dever de exigir que sejam bem remunerados os trabalhadores da educação, assim como os da saúde, para que tenham uma vida com dignidade e respeito.
Não adianta, não é correto, nem justo, colocar nas faculdades pessoas que não foram preparadas para isso, que não desenvolveram sua cognição suficientemente para estarem aptos a aprofundar o pensamento científico. Para essas pessoas é preciso que se dê, antes, a base, ajudando-as a desenvolver seu processo de cognição na fase preparatória, para que possam ter efetivamente as condições de alcançar suas metas e seu lugar de direito na vida. Todos tem direito a melhores oportunidades.