domingo, 10 de abril de 2011

Pulando fora da malha Matrix


Quando um grupo se forma neste nível de consciência em que estamos imersos, cada pessoa naturalmente busca o “seu lugar”, isto é, a posição dentro do grupo que conhece e reconhece, que lhe é familiar. A posição escolhida é aquela que a pessoa aprendeu no início da sua existência (neste espaço-tempo).
Na malha Matrix do planeta Terra, onde vivemos, suas fórmulas prontas sufocantes e, muitas vezes, angustiantes, frequentemente nos impede de perceber o jogo. Mergulhamos nele como se fosse real. No posicionamento que assumimos e alianças que fazemos, buscamos de forma equivocada nos reconhecer, saber quem somos, qual o nosso lugar, buscamos o amor daqueles ou daquele que julgamos essenciais para a nossa existência. A nossa conformação dentro do sistema no qual estamos inseridos, assim como, dos sentimentos e ressentimentos, misturados e tumultuados, enganosos e enganados, marca os nossos passos na vida, trôpegos e incertos ou quiçá, pseudo-certos.
Perdidos com olhares vagos... Vagando, cantando, sorrindo, chorando, amando, “desamando”, chegando e indo, no labirinto “sem fim”, seguimos firmes ou não, buscando a verdade em que acreditamos, baseados na vaga e longínqua lembrança que temos do que mais nos importa... O que realmente importa.
Acredito, sinceramente, que chegou a hora de buscar a luz no fim do túnel, a saída do labirinto, largar esta roupagem ilusória, buscar o real por trás da névoa, que há tanto tempo nos envolve enquanto humanidade terrena.
É hora de sair do jogo, assumir outro nível de consciência, onde tudo é feito com amor – porque o amor é a nossa base, o nosso tecido, a nossa origem. Enxergar o outro não como “outro”, mas como um pedaço de nós mesmos. Ainda que neste momento “o outro” seja rechaçado, “ele” sou eu em algum lugar, ou não lugar, temporal e não temporal, deste contínuo espaço-tempo.
Se o outro sou eu, se o nosso tecido é o amor, se o nosso caminhar é para a luz, é hora de mudar a marcha, restabelecer o foco, rever os instrumentos até então utilizados na busca de nós mesmos.
Não precisamos mais da forma antiga, que aprisiona, angustia, cega, e nos tira a liberdade. Profundamente, o que necessitamos e queremos agora, é nos dirigir firmes para o caminho que é nosso por direito... O caminho da Luz, da verdade, da liberdade.