domingo, 18 de setembro de 2011

REFLEXÔES SOBRE A VERDADE

“A verdade é uma terra sem caminhos e não se pode alcançá-la por nenhum caminho, de nenhuma religião, de nenhuma seita. A verdade, sendo ilimitada, incontida, inacessível por qualquer caminho, não pode ser organizada; nem se deve constituir uma organização qualquer para conduzir ou coagir as pessoas a tomar este ou aquele caminho.”
 Jiddu Krishnamurti.

Verdade... O que vem a ser isso? Quem disse que é verdade a verdade dita?
É infinito o seu caminho. Não segue leis criadas pelos homens, nem comporta definições, críticas, ou julgamentos. Não está nos sermões ilusórios, enganosos, arrogantes, tão certos das suas verdades. Até mesmo naqueles de toda boa vontade. Quem pode ter certeza?
Certezas... Quem as pode dar?
São tantos os caminhos, que brotam como água da fonte, das convicções humanas. Ninguém pode ditar o que é ou não verdade.
Convicções... Quem de fato as tem?
Dançando a dança da verdade pessoal, bebendo das energias alheias, lutando desesperadamente pela imortalidade, estamos todos mergulhados em padrões criados: robustos, bem nutridos e assertivos das verdades inventadas e de alguma forma impostas.
Verdade... Quem pode afirmar que a sua é mesmo sua?
Criada por línguas e bocas atazanadas que lhe envolvem de forma barulhenta ou não, vem como vírus, contaminam a sua essência pura e virgem com conceitos que não lhe pertencem.
Onde está ela? Sei onde não está: nas bocas ferinas, críticas, autoritárias.
Verdades, certezas, convicções, estão no âmago do ser, no caminho pessoal, no vazio luminoso, no silêncio da alma, onde só a presença de Deus se “escuta”.