Quando duas pessoas conversam, é importante que cada uma, no seu momento de escuta, tenha uma atitude de plena atenção para com a pessoa que fala. Quando isto acontece, a outra pessoa se sente valorizada e a relação das duas melhora ou fica ainda melhor. Quando ocorrer que a pessoa esteja muito ocupada quando sua atenção é solicitada, deve pedir alguns minutos ou o tempo necessário para concluir sua ocupação e, em seguida, dá à outra pessoa a plena atenção.
Quando a pessoa percebe que não está recebendo a devida atenção numa conversa, deve expressar isso dizendo, por exemplo: “não estou sentindo que sou escutada. Vou esperar que você termine o que está fazendo e, então, conversaremos”. Na comunicação, a repetição de um tema, o “papagaio existencial”, acontece quando a pessoa que fala não se sente escutada. Todas as pessoas precisam se sentir escutadas e compreendidas.
É importante observar que a comunicação se completa não apenas com a expressão verbal, mas também com a expressão dos sentimentos. Quando a pessoa está em condições de falar dos seus sentimentos em relação a uma situação vivida, é necessário que isto seja feito. Aí então, se estiver em condições, escutar o que o outro tem a dizer sobre o que foi falado. Saber escutar tem efeito curativo. O sentimento da pessoa que é escutada é reafirmado, validado. Ela se sente respeitada, amada.
Nas famílias onde um pode escutar o outro, as pessoas são mais felizes, há mais união, a comunicação fica estabelecida. Por outro lado, a discussão implica em um sentimento de raiva, uma energia presa que quer ser expressa. O ato de discutir é irracional e ineficaz. É um desperdício de energia para ambos.
Toda vez que se sente algo, como uma pressão ou angústia no peito, pescoço ou cabeça, existe algo que precisa ser processado e, de alguma forma, comunicado.
(Baseado em palestra de Vicente Hao Chin)
