“Um latoeiro que tinha sido injustamente colocado na prisão escapou de maneira aparentemente milagrosa. Muitos anos depois,quando lhe perguntaram o que ele havia feito, contou que sua esposa, uma tecelã, havia tecido o desenho da fechadura de sua cela no tapete sobre o qual, cinco vezes por dia, ele prostrava-se para rezar. Quando percebeu que no tapete estava o desenho da fechadura, fez um acordo com os carcereiros: se lhe arranjassem ferramentas, ele construiria pequenos artefatos que eles poderiam depois vender e amealhar bons lucros. Entretanto, o latoeiro usou as mesmas ferramentas para fazer uma chave e, um belo dia, escapou.”
Moral da história: a compreensão do desenho da fechadura que nos mantém presos pode ajudar-nos a elaborar a chave que irá destravá-la.
Metáfora do mestre sufi Idries Shah (por Sandra Maitre).
A humanidade está aprisionada no labirinto da sua realidade holográfica e, em função da sua limitada percepção e da sua visão ainda obscura não consegue perceber que nele está a origem de tudo o que vive.
Tudo o que se vive só existe dentro da própria pessoa. Não é o outro que lhe rejeita, é você que experimenta a sensação de rejeição, no seu mundo interno. Você tem a escolha de sentir-se ou não rejeitado. Não é o outro que... isto ou aquilo. É você que vive a experiência interna disto e daquilo. Mas, você também tem opção sobre estas coisas, sobre o que sentir e viver. Tudo o que existe, existe antes de mais nada, dentro de você. Daí, o melhor é não reagir ao que você projeta para o mundo de “fora”. Não brigue com as suas projeções. Vá à origem e transforme-a.
Quando reconhecemos que o que vivemos são projeções, com características holográficas, entendemos que a mudança de pensamentos, sentimentos e foco, muda a projeção e cria a nova realidade. Quando estamos prontos para compreender, é possível sair da malha. Se tudo o que vivemos foi criado por nós, está em nossas mãos fazer a mudança.
Não acredite que é o outro que vai transformar a sua vida. É você que vai fazer isto por você. É na própria pessoa que está toda a condição de decisão e de mudança. Ninguém é impotente. Sempre existem escolhas em como enxergar a mesma situação