sábado, 28 de janeiro de 2012

PARADIGMAS

Determinismo e criatividade

Após o artigo “Principia Mathematica” escrito por Isaac Newton, em 1687, houve uma mudança determinante no pensamento humano. No seu artigo, Newton faz uma síntese de tudo que havia sido escrito até então sobre o funcionamento do universo, além das suas observações pessoais. Ele procurou demonstrar que vivemos em um universo lógico e previsível, onde todo efeito tem uma causa, e que existe apenas uma verdade sobre a realidade no universo e nada pode alterar essa verdade.
Outra afirmação desse modelo de pensamento é que os cientistas só podem observar o que acontece do ponto de vista neutro. Isto é, os fatos acontecem independentemente da observação.
Segundo o ponto de vista newtoniano, tudo no mundo pode ser calculado e previsto, tudo pode ser predeterminado. O mundo passou a ser entendido como uma máquina em funcionamento. Tudo que existe é uma peça nessa máquina e tem uma função predeterminada.
Esta forma determinista de pensar foi completamente assimilada pela mente humana, o que fez com que o ser humano perdesse o livre arbítrio e o seu lugar único e criativo no universo. A humanidade passou a ser marionete de forças poderosas, sem horizontes, sem objetivo, sem força própria, sem poder, sem esperanças. Uma vida sem sentido ou de pouco sentido, cujo único objetivo era sobreviver.
Agora, entretanto, uma nova ciência, quântica, está libertando o ser humano desse pensamento determinista que tolheu muito do sentido da vida, devolvendo a força, a esperança, a possibilidade de mudar e de criar algo novo.
A ciência quântica vem nos mostrando que podemos fazer escolhas e focar na nossa escolha, mudando dessa forma o rumo dos acontecimentos. O princípio da incerteza, central na teoria quântica, revela que tudo que é observado sofre influencia do observador. Não existe este lugar neutro proclamando pela ciência convencional.
O mundo subatômico não segue as leis da lógica newtoniana. Nada está previamente determinado. Cada pessoa constrói seu próprio mundo segundo seu olhar e vive a sua própria realidade. Não existe uma forma correta e única de definir a realidade.
Não é o mundo externo que determina a nossa vida. Responsabilizando-nos pelo que acontece na nossa vida temos a possibilidade de torná-la, assim como ao mundo, melhor e mais feliz.