segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

OS MEUS QUADRADOS


“Vida quadrada! O que é preciso conter?
Viva o quadrado, para que venha a ser.”

Onde coloco meus quadrados?
Coloco-os na vida para que ela possa existir, da forma como a concebo.
Nos meus sentimentos, para poder olhá-los e sentí-los em mim.
Nos meus pensamentos, para que tomem forma e, assim, eu os veja.

Os meus quadrados!
Só quando os coloco na raiz da minha existência posso construir a minha experiência.
Entretanto, preciso saber onde coloco os meus quadrados,
para não conter o que precisa voar.
Para deixar saltar aos olhos..., a olhos vistos, o que é visto.
O que não pode ser alcançado pelo senso comum.
Para poder seguir o olhar alado, para além do espaço, expandindo em círculos, o que não pode mais ser contido.
Seguindo trilhas insondáveis, com o olhar do além;
Olhar ingênuo e descompromissado.
Sorrindo o sorriso do todo! Todo o sorriso que há para sorrir.

Como um Ser na fôrma, tenho assumido a minha forma...
Minha? Será que é minha? A minha forma é minha?
O que me fez assumir esta forma, e para quê?
O que quero acreditar, esconder ou viver?
Quanto a você... Acredita nisto? Sim, nisto que você está pensando!
Você acredita mesmo no que diz acreditar?
Isto lhe ajuda a quê? A sofrer, a sorrir, a viver?
Você sabe que às vezes, tudo isso pesa! Não tem asas para voar!
Outras vezes dão a segurança devida,
para que possa continuar a pensar
de acordo com os seus formatos engessados,
mas que dão a sensação de vida.
Esta vida especial e única, que acredita viver!
Tudo está contido nos seus quadrados;
a vida que leva, os pensamentos que tem,
as crenças que aprendeu...
tudo que o mantém;
Por limitação, imitação, costumes ou medos.
Medos de lá, do lado de lá, do que não tem limites.
Limites... pequenos e grandes limites,
Que às vezes parecem rígidos e intransponíveis. Entretanto, saiba;
São limites que você criou e que cuidadosamente mantém,
Nos seus quadrados!