Amor é a sensação de estar no contexto do mundo, de fazer parte dele, de ter o seu lugar na grande
ordem que rege o universo.
O amor é um
sentimento profundo de conexão. Este sentimento é fruto da vivência interna da ligação
intrínseca que existe entre nós e todas as pessoas, assim como tudo o que
existe. Este sentimento que experimentamos, gera uma forma muito especial de
ver e interagir com todas as coisas, pois faz com que desapareçam as linhas que
nos afastam do restante do mundo. Como estamos conectados com tudo e com todos
neste grande corpo deste universo, num nível mais expandido da realidade somos
um só.
O amor é a mais
poderosa de todas as forças por ser uma expressão da grande Fonte – a origem de
tudo -, e conter, na sua essência, um padrão universal de energia ressonante,
capaz de trazer todas as notas dissonantes de volta à harmonia original, como
um poderoso diapasão. Por isto, o amor pode ser considerado a canção de Deus
ressoando o seu padrão original e levando, cada um a seu tempo, a ressoar na
mesma frequência.
É importante lembrar
que o nosso tempo é diferente do tempo cósmico. O que para nós parece uma
infinidade de tempo, para o universo é um piscar de olhos. Sendo assim, em algum “lugar” do tempo o
destino de tudo neste universo é a harmonia, é a volta para o amor, é a volta
para o sentimento profundo de conexão.
O que conhecemos como
amor, frequentemente está relacionado com o quanto a outra pessoa atende às
nossas expectativas, às nossas necessidades, ou o quanto projetamos nela as
lembranças do nosso ideal de amor. Livre de todas as projeções que fazemos, porém,
o amor faz parte de todos nós e, por isto, temos a possibilidade de amar de forma
incondicional.
Para fazer contato
com o amor, é muito importante o olhar e o escutar. Como podemos amar alguém,
se nem sequer olhamos nos seus olhos, se nem sequer escutamos o que tem a
dizer?
Nesta dimensão, é forte
a desconexão com o todo. Sentimo-nos perdidos no caminho de volta à Fonte, ao
encontro da verdadeira essência do amor. Para reconhecer o amor, precisamos nos
conhecer, saber quem somos. Quando aprendemos quem somos, podemos nos amar e
nos valorizar mais e, assim, nos tornarmos capazes de também olhar o outro,
saber quem é ele, amá-lo e valorizá-lo.
Só quando permitimos
que sejam dissolvidos os nossos medos, desejos e projeções, podemos então eliminar
as barreiras que nos separam do outro, entrar em ressonância com ele e, juntos,
cantar a mesma canção: a canção de Deus.