sábado, 22 de setembro de 2012

O AMOR



Amor é a sensação de estar no contexto do mundo, de fazer parte dele,  de ter o seu lugar na grande ordem que rege o universo.

O amor é um sentimento profundo de conexão. Este sentimento é fruto da vivência interna da ligação intrínseca que existe entre nós e todas as pessoas, assim como tudo o que existe. Este sentimento que experimentamos, gera uma forma muito especial de ver e interagir com todas as coisas, pois faz com que desapareçam as linhas que nos afastam do restante do mundo. Como estamos conectados com tudo e com todos neste grande corpo deste universo, num nível mais expandido da realidade somos um só.
O amor é a mais poderosa de todas as forças por ser uma expressão da grande Fonte – a origem de tudo -, e conter, na sua essência, um padrão universal de energia ressonante, capaz de trazer todas as notas dissonantes de volta à harmonia original, como um poderoso diapasão. Por isto, o amor pode ser considerado a canção de Deus ressoando o seu padrão original e levando, cada um a seu tempo, a ressoar na mesma frequência.
É importante lembrar que o nosso tempo é diferente do tempo cósmico. O que para nós parece uma infinidade de tempo, para o universo é um piscar de olhos.  Sendo assim, em algum “lugar” do tempo o destino de tudo neste universo é a harmonia, é a volta para o amor, é a volta para o sentimento profundo de conexão.
O que conhecemos como amor, frequentemente está relacionado com o quanto a outra pessoa atende às nossas expectativas, às nossas necessidades, ou o quanto projetamos nela as lembranças do nosso ideal de amor. Livre de todas as projeções que fazemos, porém, o amor faz parte de todos nós e, por isto, temos a possibilidade de amar de forma incondicional.
Para fazer contato com o amor, é muito importante o olhar e o escutar. Como podemos amar alguém, se nem sequer olhamos nos seus olhos, se nem sequer escutamos o que tem a dizer?
Nesta dimensão, é forte a desconexão com o todo. Sentimo-nos perdidos no caminho de volta à Fonte, ao encontro da verdadeira essência do amor. Para reconhecer o amor, precisamos nos conhecer, saber quem somos. Quando aprendemos quem somos, podemos nos amar e nos valorizar mais e, assim, nos tornarmos capazes de também olhar o outro, saber quem é ele, amá-lo e valorizá-lo.
Só quando permitimos que sejam dissolvidos os nossos medos, desejos e projeções, podemos então eliminar as barreiras que nos separam do outro, entrar em ressonância com ele e, juntos, cantar a mesma canção: a canção de Deus.