Do latim, potere, que significa
“ser capaz de”.
Nossa
sociedade estimula e frequentemente impõe a submissão, seja no trabalho, na
educação, na família, na política, assim como em diversos outros aspectos. As
pessoas que são submetidas a este tipo de abordagem são levadas ao sentimento
de impotência, falta de entusiasmo, baixa autoestima e a desvitalização. Quando
isto acontece no trabalho, por exemplo, a pessoa se transforma apenas em um
instrumento ou uma “mão de obra”. Toda vez que alguém ou um sistema qualquer
exerce poder sobre uma pessoa, tira dela a sua força, criatividade e
entusiasmo.
Há bastante
tempo esta humanidade vem passando pelo aprendizado do uso do poder, seja nas
muitas guerras, escravidão ou submissões em geral. O real sentido de ajudar e
servir, que deveria ter o exercício do poder, escapa a muitas pessoas que o buscam
para se sentirem vistas, reconhecidas, reverenciadas. Outras acreditam que tem
poder quando o exercem sobre outras pessoas. Elas não percebem que esta é uma
forma ainda primitiva de lidar com o poder. Outras pessoas vivem o desespero, o
desânimo e o vazio interior quando se vêm afastadas do fogo do seu poder
pessoal, da sua criatividade, força e autonomia.
Na submissão o
poder é levado para longe da pessoa submetida. Frases como: “Sem questionamento.
Eu ordeno que seja assim”, ou “Manda quem pode. Obedece quem tem juízo”, são
deturpações do verdadeiro significado do poder. Ao contrário desta forma doentia
e primitiva, o poder pessoal está na clareza interna da nossa realidade no planeta
enquanto humanidade, da nossa unidade, da certeza de que não somos separados
uns dos outros, de que em um nível mais expandido da realidade, somos um só e
que não podemos agir uns com os outros através da imposição e da submissão e
sim através da empatia e da colaboração.
Não se pode
beneficiar uns à custa do sacrifício de muitos, como tem acontecido, nem ameaçar
a vida de pessoas ou povos, intimidar, invadir limites pessoais, causar destruição,
desrespeitar, exercer controle, vigilância, manipulação. Isto só faz com que o
outro se sinta alienado da sua própria vida.
Diante das
imposições e do sentimento de impotência para reagir, a pessoa muitas vezes sente
que teve a sua liberdade vendida, perde o entusiasmo e o seu fogo interno. Ela
se vê sem saída. O seu sangue é sugado por um sistema retrógado e falido, que
esperneia aos gritos, na vermelhidão dos rostos raivosos, das línguas
ameaçadoras, dos punhos fechados e espadas desafiantes. A fisionomia ameaçadora
trata o outro como alguém separado, um inimigo.
Não é da
separação, entretanto, que vem o poder, mas sim da união, cooperação,
integração, solidariedade e da participação, principalmente nas decisões. É
isto que faz com que as pessoas deixem de ser autômatos, tornando-se
participativas e criativas.
Com a
confiança e o poder pessoal que conquistamos através do desenvolvimento do
terceiro chakra, nos libertamos dos padrões repetitivos e aprisionantes, do
medo, da imobilidade. Isto nos dará a liberdade e a força para novas conquistas
como seres humanos.