domingo, 21 de setembro de 2014

POBRE PESSOA

Toma o caminho apressada, correndo, com o olhar inquieto, o corpo tenso, as crenças borbulhantes torturando o seu mundo interno. Carrega nas mãos uma espada pronta a ferir. Cega pelas próprias crenças, não enxerga um palmo além de si.
Não tem coragem de olhar nos olhos, de dizer o que acredita ser, porque profundamente sabe que o que acredita é só seu, pertence ao seu mundo interno torturado por histórias passadas.
Sabe da fragilidade de suas verdades, que podem desabar diante do olhar claro e descomprometido.
Pobre pessoa...
Não vê que o hoje é o único momento que repousa em nossas mãos, calejadas e cansadas pelo tempo, e que tudo mais são névoas dos diversos passados.
O sol continua a brilhar, renovando o compromisso de vida a cada momento. E os pássaros ainda cantam, encantando a vida.
Levanta e anda! Sai desse lugar escuro e frio onde te meteste e saiba que a vida continua. Ela não ficou parada no tempo. Ela apenas parou dentro de ti, porque não permitiste deixá-la fluir.
Olha o sol, a lua, as estrelas, toda a natureza!

Isso é real!