Poder de agir, trabalhar, seduzir, atuar, mandar, impor, submeter, dominar, amar, curar, falar, expressar, compreender.
Será um poder traiçoeiro que esconde as vontades secretas,
que chega com o poder de iludir, não apenas às outras pessoas, mas
particularmente a si?
Será um poder dissimulado, como um vulcão adormecido,
vivendo em um lugar recolhido?
Ou agressivo como um vulcão em erupção, cuspindo fogo,
convulsionando a terra, ejetando gazes quentes, provocando tremores?
Empunhando a sua espada, ameaçando, fazendo feridas,
enganando quem se deixa levar, seja por escuridão, embotamento, impotência,
apatia, ou conveniência.
Poder de tudo, de nada... Carência de amor!
Mas, onde está o verdadeiro poder, senão na força serena, macia,
cuidadosa e empática de um coração tranquilo?
O que é o poder sem amor? O amor precisa reconhecer o seu
poder assim como o poder precisa deixar o amor entrar. O equilíbrio é a saída.
O estado mórbido do poder é curado pela consciência e pelo amadurecimento do
ser que percebe a ilusão do poder sem amor e que encara o desafio de renunciar
a aspectos importantes de tudo aquilo que aprendeu a identificar como sua
identidade. Só então, após a chegada do amor, deixando a mente se tornar
vigorosa e inocente, podemos conhecer a transcendência do poder.