domingo, 6 de setembro de 2015

FILHOS DO AMOR


     Hora de acordar!
Despertem, levantem, saiam deste lugar de estagnação. Derrubem esses muros que foram colocados entre as criaturas, pois, de fato, não existe separação.
Somos filho do mesmo Pai Criador, como uma árvore temos a mesma raiz. A separação é fruto da ignorância. Vivendo experiências diferentes, centelhas da mesma Luz, somos filhos do Amor.
Nessa estrutura em que nos encontramos, presos a grilhões insondáveis, caminhando em estradas difíceis, nos iludindo, chorando e clamando, também muitas vezes sorrindo e nos fazendo leves e suaves, amamos, e seguimos percorrendo a jornada humana de volta à Casa do Pai.
Chega da ilusão da separatividade, de tantas lágrimas derramadas. Abram e enxuguem os olhos. Quebrem os grilhões que aprisionam, reconheçam a unidade.
Somos um só. Somos só Um.
O universo é amor, somos feitos do tecido do amor, desatem os nós e deixem que o amor possa se expressar através de todos nós.
Amem, amem, apenas amem!


domingo, 21 de setembro de 2014

POBRE PESSOA

Toma o caminho apressada, correndo, com o olhar inquieto, o corpo tenso, as crenças borbulhantes torturando o seu mundo interno. Carrega nas mãos uma espada pronta a ferir. Cega pelas próprias crenças, não enxerga um palmo além de si.
Não tem coragem de olhar nos olhos, de dizer o que acredita ser, porque profundamente sabe que o que acredita é só seu, pertence ao seu mundo interno torturado por histórias passadas.
Sabe da fragilidade de suas verdades, que podem desabar diante do olhar claro e descomprometido.
Pobre pessoa...
Não vê que o hoje é o único momento que repousa em nossas mãos, calejadas e cansadas pelo tempo, e que tudo mais são névoas dos diversos passados.
O sol continua a brilhar, renovando o compromisso de vida a cada momento. E os pássaros ainda cantam, encantando a vida.
Levanta e anda! Sai desse lugar escuro e frio onde te meteste e saiba que a vida continua. Ela não ficou parada no tempo. Ela apenas parou dentro de ti, porque não permitiste deixá-la fluir.
Olha o sol, a lua, as estrelas, toda a natureza!

Isso é real!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

ROMPENDO A REPETIÇÃO

Houve uma época em que acreditei nas histórias como elas pareciam ser. Acreditei que a forma como as pessoas agiam era em função da natureza delas ou consequência das ações das outras pessoas. Mas agora sei que as coisas não funcionam desta forma.
As pessoas agem e sentem da forma como é, por causa da própria história e dos seus antepassados. É daí que são originadas as intermináveis repetições de padrões de comportamento e também de sofrimento. Enquanto forem inconscientes disto não terão escolha e não conseguirão mudar a sua forma de ser, agir e pensar.
As coisas acontecem desta forma porque vivemos imersos em campos sistêmicos ou campos morfogenéticos. Todas as estruturas ­– seja um organismo, uma família ou uma organização -, vivem imersas em uma espécie de “campo de memória”, que contém todas as informações ligadas à história daquela estrutura, todos os acontecimentos passados, conhecidos ou não.
As pessoas imersas em um determinado campo estão sob a influência das suas informações e memórias. Hábitos, padrões de comportamento, emoções, pensamentos e sentimentos tem relação com essas memórias. Até mesmo os acontecimentos vividos e as angústias sofridas, o que acreditamos sobre nós mesmos, sobre os acontecimentos e sobre as outras pessoas estão relacionados com o campo.

É importante a tomada de consciência de que estes sentimentos, que não são originalmente nossos, estão regendo a nossa vida e que a história que estamos vivendo não é nossa. Só a partir dessa consciência podemos fazer a escolha de nos dissociarmos daqueles sentimentos e suas consequentes reações. Podemos, então, olhar para a situação com distanciamento e fazer novas escolhas, com clareza e lucidez, construindo, desta forma, a nossa própria história, aquela que escolhemos viver.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

COMO É O SEU PODER?





Poder de agir, trabalhar, seduzir, atuar, mandar, impor, submeter, dominar, amar, curar, falar, expressar, compreender.
Será um poder traiçoeiro que esconde as vontades secretas, que chega com o poder de iludir, não apenas às outras pessoas, mas particularmente a si?
Será um poder dissimulado, como um vulcão adormecido, vivendo em um lugar recolhido?
Ou agressivo como um vulcão em erupção, cuspindo fogo, convulsionando a terra, ejetando gazes quentes, provocando tremores?
Empunhando a sua espada, ameaçando, fazendo feridas, enganando quem se deixa levar, seja por escuridão, embotamento, impotência, apatia, ou conveniência.
Poder de tudo, de nada... Carência de amor!
Mas, onde está o verdadeiro poder, senão na força serena, macia, cuidadosa e empática de um coração tranquilo?
O que é o poder sem amor? O amor precisa reconhecer o seu poder assim como o poder precisa deixar o amor entrar. O equilíbrio é a saída. O estado mórbido do poder é curado pela consciência e pelo amadurecimento do ser que percebe a ilusão do poder sem amor e que encara o desafio de renunciar a aspectos importantes de tudo aquilo que aprendeu a identificar como sua identidade. Só então, após a chegada do amor, deixando a mente se tornar vigorosa e inocente, podemos conhecer a transcendência do poder.

LEMBRANDO KRISHNAMURTI




Eu chorei, mas não desejo que os demais chorem; mas se o fizerem, agora sei o que isso significa. (...) É preciso que se libertem, não por minha causa, mas apesar de mim. Toda esta vida e, especialmente nos últimos meses, tenho lutado para ser livre – livre dos meus amigos, dos meus livros, de minhas associações. Vocês devem lutar pela mesma liberdade. Deve haver uma constante inquietação interior. Segurem um espelho constantemente à sua frente. Se houver algo indigno que criaram para si mesmo, mudem-no. Não façam de mim uma autoridade. Se eu me tornar uma autoridade para vocês, o que farão quando eu partir? Alguns de vocês acreditam que eu possa lhe dar uma bebida que os tornará livres, que posso lhes dar uma fórmula que os libertará – mas não é assim. Eu posso ser a porta, mas vocês devem passar por ela e encontrar a libertação que está além dela... A verdade chega como um ladrão – quando menos se espera por ela. Gostaria de poder inventar uma nova língua; como não posso, gostaria de destruir a velha fraseologia e antigos conceitos. Ninguém pode lhes dar a libertação. Terão de encontrá-la dentro de si, mas porque eu a encontrei, eu lhes mostrarei o caminho... Aquele que atingiu a libertação tornou-se um instrutor. Cada um de vocês tem o poder de entrar na chama, de se tornarem a própria chama... Porque eu estou aqui, se me tiverem em seus corações, eu lhes darei a força para alcançá-la. A libertação não se destina aos poucos, aos escolhidos, aos eleitos.

Jiddu Krishnamurti

domingo, 27 de janeiro de 2013

EM ALGUM LUGAR DO PASSADO...




Em algum lugar do passado distante, na infância da humanidade, escondido no tempo e apagado da memória, o ser humano mergulhou em uma malha de padrões destrutivos, de dor e de conceitos errôneos que o tem feito viver e reviver compulsivamente, situações dolorosas, como um disco rachado que repete frequentemente a mesma mensagem. Desta forma, com um sentimento de impotência, segue sem consciência, buscando sedento por algo que o faça sair dessa triste situação.
  São tantas pessoas; Algumas astênicas, desesperançosas, chorosas, desesperadas. Outras tensas, agressivas, agitadas, participantes ou distantes, amando ou odiado, trôpegas, de olhos ansiosos, às vezes vazios, vivendo suas situações criadas – mundos de mentira, suas verdades internas!
Deixando o tempo passar, seus cabelos embranquecerem como flocos de neve anunciando o inverno da vida, seus corpos vão definhando, a vida pesando, sem nunca ter conhecido seu mundo particular!
 Além disso, acreditando que todos veem esse mundo da forma como eles veem e que a sua verdade é a única verdade, por engano e vaidade, vão atravessando nos corredores da vida, as cortinas de sombras e sonhos, chorado e sorrindo, gritando e rugindo, vivendo o mundo muitas vezes confuso das emoções.
O ser humano precisa saber que a malha sombria não é a realidade, ela é um engano, que na essência luminosa ele é livre e que cada pessoa está em conexão com tudo, com todos e com Deus. Precisa acordar para a realidade de que ele é uma expressão do todo maior.  

sábado, 5 de janeiro de 2013

OLHOS DE GELO


Olhos de gelo...
Que passa e transpassa
Que olha e não vê
Não enxerga e nem crê
Que o que vê é real.

Olhos de gelo
Que me esfria a alma e me manda para longe,
Para outro lugar
Nada vejo nestes olhos de nada
Além de uma grande muralha
Fria e sem paz
Onde não escolho ficar.

Olhos de gelo,
Que me afasta e me faz sonhar
Com o calor do sol, com a brisa do mar.
Você esqueceu do fundamental;
Transformar os seus olhos de gelo, em olhos de cristal.

Quer saber?
Deixe o amor fluir, reluzir, aparecer!
Deixe o sol lhe aquecer e todo esse gelo derreter!
Agora mostra de uma vez,
Quem de fato é você.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

OS MEUS QUADRADOS


“Vida quadrada! O que é preciso conter?
Viva o quadrado, para que venha a ser.”

Onde coloco meus quadrados?
Coloco-os na vida para que ela possa existir, da forma como a concebo.
Nos meus sentimentos, para poder olhá-los e sentí-los em mim.
Nos meus pensamentos, para que tomem forma e, assim, eu os veja.

Os meus quadrados!
Só quando os coloco na raiz da minha existência posso construir a minha experiência.
Entretanto, preciso saber onde coloco os meus quadrados,
para não conter o que precisa voar.
Para deixar saltar aos olhos..., a olhos vistos, o que é visto.
O que não pode ser alcançado pelo senso comum.
Para poder seguir o olhar alado, para além do espaço, expandindo em círculos, o que não pode mais ser contido.
Seguindo trilhas insondáveis, com o olhar do além;
Olhar ingênuo e descompromissado.
Sorrindo o sorriso do todo! Todo o sorriso que há para sorrir.

Como um Ser na fôrma, tenho assumido a minha forma...
Minha? Será que é minha? A minha forma é minha?
O que me fez assumir esta forma, e para quê?
O que quero acreditar, esconder ou viver?
Quanto a você... Acredita nisto? Sim, nisto que você está pensando!
Você acredita mesmo no que diz acreditar?
Isto lhe ajuda a quê? A sofrer, a sorrir, a viver?
Você sabe que às vezes, tudo isso pesa! Não tem asas para voar!
Outras vezes dão a segurança devida,
para que possa continuar a pensar
de acordo com os seus formatos engessados,
mas que dão a sensação de vida.
Esta vida especial e única, que acredita viver!
Tudo está contido nos seus quadrados;
a vida que leva, os pensamentos que tem,
as crenças que aprendeu...
tudo que o mantém;
Por limitação, imitação, costumes ou medos.
Medos de lá, do lado de lá, do que não tem limites.
Limites... pequenos e grandes limites,
Que às vezes parecem rígidos e intransponíveis. Entretanto, saiba;
São limites que você criou e que cuidadosamente mantém,
Nos seus quadrados!

sábado, 22 de setembro de 2012

O AMOR



Amor é a sensação de estar no contexto do mundo, de fazer parte dele,  de ter o seu lugar na grande ordem que rege o universo.

O amor é um sentimento profundo de conexão. Este sentimento é fruto da vivência interna da ligação intrínseca que existe entre nós e todas as pessoas, assim como tudo o que existe. Este sentimento que experimentamos, gera uma forma muito especial de ver e interagir com todas as coisas, pois faz com que desapareçam as linhas que nos afastam do restante do mundo. Como estamos conectados com tudo e com todos neste grande corpo deste universo, num nível mais expandido da realidade somos um só.
O amor é a mais poderosa de todas as forças por ser uma expressão da grande Fonte – a origem de tudo -, e conter, na sua essência, um padrão universal de energia ressonante, capaz de trazer todas as notas dissonantes de volta à harmonia original, como um poderoso diapasão. Por isto, o amor pode ser considerado a canção de Deus ressoando o seu padrão original e levando, cada um a seu tempo, a ressoar na mesma frequência.
É importante lembrar que o nosso tempo é diferente do tempo cósmico. O que para nós parece uma infinidade de tempo, para o universo é um piscar de olhos.  Sendo assim, em algum “lugar” do tempo o destino de tudo neste universo é a harmonia, é a volta para o amor, é a volta para o sentimento profundo de conexão.
O que conhecemos como amor, frequentemente está relacionado com o quanto a outra pessoa atende às nossas expectativas, às nossas necessidades, ou o quanto projetamos nela as lembranças do nosso ideal de amor. Livre de todas as projeções que fazemos, porém, o amor faz parte de todos nós e, por isto, temos a possibilidade de amar de forma incondicional.
Para fazer contato com o amor, é muito importante o olhar e o escutar. Como podemos amar alguém, se nem sequer olhamos nos seus olhos, se nem sequer escutamos o que tem a dizer?
Nesta dimensão, é forte a desconexão com o todo. Sentimo-nos perdidos no caminho de volta à Fonte, ao encontro da verdadeira essência do amor. Para reconhecer o amor, precisamos nos conhecer, saber quem somos. Quando aprendemos quem somos, podemos nos amar e nos valorizar mais e, assim, nos tornarmos capazes de também olhar o outro, saber quem é ele, amá-lo e valorizá-lo.
Só quando permitimos que sejam dissolvidos os nossos medos, desejos e projeções, podemos então eliminar as barreiras que nos separam do outro, entrar em ressonância com ele e, juntos, cantar a mesma canção: a canção de Deus.

sábado, 7 de julho de 2012

PODER


Do latim, potere, que significa “ser capaz de”.

Nossa sociedade estimula e frequentemente impõe a submissão, seja no trabalho, na educação, na família, na política, assim como em diversos outros aspectos. As pessoas que são submetidas a este tipo de abordagem são levadas ao sentimento de impotência, falta de entusiasmo, baixa autoestima e a desvitalização. Quando isto acontece no trabalho, por exemplo, a pessoa se transforma apenas em um instrumento ou uma “mão de obra”. Toda vez que alguém ou um sistema qualquer exerce poder sobre uma pessoa, tira dela a sua força, criatividade e entusiasmo.
Há bastante tempo esta humanidade vem passando pelo aprendizado do uso do poder, seja nas muitas guerras, escravidão ou submissões em geral. O real sentido de ajudar e servir, que deveria ter o exercício do poder, escapa a muitas pessoas que o buscam para se sentirem vistas, reconhecidas, reverenciadas. Outras acreditam que tem poder quando o exercem sobre outras pessoas. Elas não percebem que esta é uma forma ainda primitiva de lidar com o poder. Outras pessoas vivem o desespero, o desânimo e o vazio interior quando se vêm afastadas do fogo do seu poder pessoal, da sua criatividade, força e autonomia.
Na submissão o poder é levado para longe da pessoa submetida. Frases como: “Sem questionamento. Eu ordeno que seja assim”, ou “Manda quem pode. Obedece quem tem juízo”, são deturpações do verdadeiro significado do poder. Ao contrário desta forma doentia e primitiva, o poder pessoal está na clareza interna da nossa realidade no planeta enquanto humanidade, da nossa unidade, da certeza de que não somos separados uns dos outros, de que em um nível mais expandido da realidade, somos um só e que não podemos agir uns com os outros através da imposição e da submissão e sim através da empatia e da colaboração.
Não se pode beneficiar uns à custa do sacrifício de muitos, como tem acontecido, nem ameaçar a vida de pessoas ou povos, intimidar, invadir limites pessoais, causar destruição, desrespeitar, exercer controle, vigilância, manipulação. Isto só faz com que o outro se sinta alienado da sua própria vida.
Diante das imposições e do sentimento de impotência para reagir, a pessoa muitas vezes sente que teve a sua liberdade vendida, perde o entusiasmo e o seu fogo interno. Ela se vê sem saída. O seu sangue é sugado por um sistema retrógado e falido, que esperneia aos gritos, na vermelhidão dos rostos raivosos, das línguas ameaçadoras, dos punhos fechados e espadas desafiantes. A fisionomia ameaçadora trata o outro como alguém separado, um inimigo.
Não é da separação, entretanto, que vem o poder, mas sim da união, cooperação, integração, solidariedade e da participação, principalmente nas decisões. É isto que faz com que as pessoas deixem de ser autômatos, tornando-se participativas e criativas.
Com a confiança e o poder pessoal que conquistamos através do desenvolvimento do terceiro chakra, nos libertamos dos padrões repetitivos e aprisionantes, do medo, da imobilidade. Isto nos dará a liberdade e a força para novas conquistas como seres humanos.